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“Espero retribuir tudo o que já fizeram por mim”

14 abr

ooi galerinha, como prometido, hoje publico o texto feito pela aluna Maisa, sobre a visita ao Museu de Anatomia Humana, na USP. Boa leitura!

Olá, me chamo Maisa, tenho 15 anos e estou no segundo ano do ensino médio. Meu sonho é fazer medicina. Passei a gostar dessa profissão pois fui uma criança muito doente, na verdade não era nem para eu estar aqui hoje; Desde quando minha mãe descobriu que estava grávida, os médicos falaram que seu sangue não era compatível com o do meu pai, e que eu poderia vir ao mundo com varias anomalias e outros problemas. No início da gravidez, minha mãe quase teve começo de toxoplasmose, que veio agravar seu caso, comprometendo minha saúde. A medicina acreditava que além de nascer com imperfeições, eu também poderia ser cega, devido a toxoplasmose. Ao sexto mês de gestação, minha mãe veio a desenvolver uma infecção uterina, onde quase me abortou. Nasci de oito meses, e para a surpresa dos médicos, perfeita. Porém, muito magra e com icterícia, mas com alguns dias de internação eu melhorei e fui para casa.

Desde pequena, meu contato com os médicos foi constante. Aos quatro anos, passei a sofrer de alergia a corante, não podia comer nada que continha essa substância, mas aos sete anos isso desapareceu. No início, eu tinha muita dificuldade no aprendizado escolar, mas com o passar do tempo melhorou, porém, vim perder meu Pai aos 7 anos de idade, onde me trouxe vários problemas psicológicos, atrapalhando muito meu convívio com as pessoas, me tornando uma criança um pouco depressiva. Amadureci antes do tempo, pois minha mãe trabalhava e eu tinha uma babá, a Dona Maria, uma senhora que cuidou de mim desde criança, que veio a falecer depois do pai. Precisei aprender a cuidar de mim mesma, sem depender dos cuidados de um adulto. O tempo se passou e eu superei as dificuldades, me tornando uma pessoa muito realista. No Ano de 2008, com um acompanhamento de um ortopedista, descobri que tenho uma doença genética nos punhos, onde desde criança sentia muita dor. E no ano de 2009, precisei operar, onde, pela primeira vez, entre em uma sala de cirurgia. Lá dentro é lindo, enlouqueci ao ver todos aqueles médicos com aquelas roupas verdes. Foi aí que o meu desejo de fazer medicina surgiu. Hoje quase não sinto nada. A cirurgia foi eficaz para mim. Para quem já tenha quase perdido o movimento das mãos, tive uma grande evolução. Aprendi a conviver com a dor. Neste ano de 2010, apareceu outro cisto, agora na mão direita. Até que estou ansiosa para visitar o centro cirúrgico!

Eu já havia ido  a laboratórios de anatomia da UNIFESP, foi muito especial para mim, e vi, que realmente, Medicina era Tudo. Esse ano, eu tive uma grande surpresa, pois a minha escola nos levou para a USP (Cidade Universitária) no dia 09 de abril de 2010. Foi demais quando eu soube da excursão, fui uma das primeiras a pagar. Chegando lá, fiquei encantada com o Museu de Anatomia Humana (MAH). Eles contem diversos, cérebros, fetos com anomalias, cordão, etc. (Nota do Editor: O Museu conta com um acervo de mais de mil peças, em exposição). Foi muito interessante também, pois tivemos uma palestra, onde foi explicado os tipos de conservação dos órgãos contidos no museu. Podemos observar o pulmão de uma pessoa que fuma narguille e cigarro, nos tornando pessoas mais conscientes dos nossos atos e suas conseqüências. A parte que mais gostei foi a do Cérebro e as do Fetos.  – Até me emocionei! – Esse passeio foi muito importante para mim, me ajudando a escolher definitivamente fazer Medicina. Sou agradecida a escola e aos professores que organizaram e nos acompanharam no passeio. Agradeço de coração pela paciência e o carinho dos professores de todos os dias em estar conosco em sala de aula, nos passando um pouco do que já sabemos. Tenho a certeza que vou conseguir realizar o meu sonho e quando alcançar esse prodígio, pode ter a certeza que irei visitar a minha escola e agradecer por tudo o que fizeram por mim , estou pronta para ajudar as pessoas, pois hoje, se eu não tivesse recebido ajuda médica, não seria ninguém. Espero que eu possa retribuir tudo o que já fizeram por mim. “Quem acredita, sempre alcança”

Fotos da visita ao Museu de Anatomia Humana

10 abr

Hoje,  alunos do Capitão Sérgio fizeram uma visita ao Museu de Anatomia Humana, na Cidade Universitária – USP. Abaixo você confere algumas fotos, e em breve, um texto especial sobre o passeio.

Saiba mais sobre o Museu de Anatomia Humana

8 abr

Museus de anatomia são opção para aprender biologia fora da sala de aula

Mais no site: http://www.icb.usp.br/museu/

Aprender como os seres vivos são internamente seria muito mais fácil se pudéssemos olhar para dentro de nós mesmos e dos outros animais. Como isso é impossível, os museus de anatomia são uma ferramenta importante no ensino da biologia. Na USP, o Museu de Anatomia Humana (MAH) do Instituto de  Ciências Biomédicas (ICB) e o Museu de Anatomia Veterinária (MAV) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) cumprem essa função e ainda desenvolvem pesquisas na área

Museu facilita estudo sobre biologia (por UPS): O MAV começou suas atividades em 1984. Segundo o coordenador Pedro Bonbonato, também professor da FMVZ, não se imaginava inicialmente em fazer um museu. “Os professores preparavam as peças para as aulas. As melhores acabavam sendo guardadas. Com o crescimento do acervo surgiu a idéia de criar o museu como uma atividade de extensão universitária, para servir à sociedade, e não só aos nossos alunos.”

O acervo do museu é composto por esqueletos, animais taxidermizados (empalhados), órgãos e estruturas anatômicas de diversos animais vertebrados. Os destaques são um coração de baleia e os diversos esqueletos, principalmente de mamíferos, do museu. O acervo é muito utilizado por alunos de graduação e pós-graduação da FMVZ em suas pesquisas.

O museu conta com uma monitora de visitas, a pós-graduanda da FMVZ Tatiana Domingues Curti, que explica para os visitantes as características dos animais expostos e suas diferenças. Além disso, o museu tenta ultrapassar os muros da universidade levando uma exposição itinerante. O projeto, que leva às escolas algumas peças para o treinamento de professores e exposição para os alunos, conta com o apoio da empresa La Fabricca.

Todas as peças do museu são preparadas na própria faculdade. Os animais, em sua maioria, vêm de doações, do zoológico ou da Polícia Federal, que os apreende em operações contra o tráfico de animais. Porém, a maior dificuldade não é com a obtenção de novas peças, mas sim com a manutenção das antigas. Segundo Bonbonato, “os materiais utilizados para preservação das peças são voláteis e caros. Felizmente contamos com o apoio da faculdade, que nunca deixa faltar verba para a manutenção do museu”.

Museu de Anatomia Humana
A história do museu se confunde com a própria história do departamento de anatomia do ICB. Seu acervo, composto de peças anatômicas e livros de anatomia, começou a ser formado em 1914, pelo professor Alfonso Bovero. Depois de um curto período no Instituto Médico Legal (atual Instituto Oscar Freire), o museu se transferiu em 1931 para o prédio da atual Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), na avenida Doutor Arnaldo. O museu só foi enviado para o Bloco III do ICB, na Cidade Universitária, em 1996, quando alcançou o expressivo número de 1.800 peças expostas e uma biblioteca com aproximadamente 2.000 volumes. Só em 1999 ele chegaria ao seu local atual, no Edifício Biomédicas III, do ICB, onde foi reaberto à visitação pública. No mesmo ano, foi rebatizado como Museu de Anatomia Humana Professor Alfonso Bovero, em homenagem ao seu fundador.

A biblioteca é um dos grandes destaques do museu e conta com obras originais raras, como os livros “De Humani Corporis Fabrica”, escrito por Adreas Versalius em 1543, e “Opera Omnia”, escrito por Regnier de Graaf em 1678. Essas obras, devido à sua deterioração, não estão expostas para o público, estando disponíveis apenas para pesquisas específicas.

Outro grande destaque do museu é sua coleção de crânios, que conta com 500 peças de indivíduos jovens e adultos de ambos os sexos. “O que torna essa coleção tão especial é o fato desses crânios estarem todos identificados em detalhes e representarem diversos grupos étnicos”, afirma o professor do Departamento de Anatomia do ICB e  coordenador do museu, Renato Chopard. “A coleção é muito procurada por antropólogos, médicos e odontologistas para pesquisa”.

Atualmente, o museu conta com aproximadamente mil unidades expostas, entre peças anatômicas preparadas e conservadas por diversos métodos, separadas de acordo com os sistemas e aparelhos que compõem o corpo humano. Além disso, encontram-se no museu 83 fetos com diversas anomalias. Sua reserva técnica conta com aproximadamente 300 peças.

O museu, que recebe entre 25 e 30 mil visitantes por ano, faz, periodicamente, palestras e exposições temáticas.