ooi galerinha, como prometido, hoje publico o texto feito pela aluna Maisa, sobre a visita ao Museu de Anatomia Humana, na USP. Boa leitura!
Olá, me chamo Maisa, tenho 15 anos e estou no segundo ano do ensino médio. Meu sonho é fazer medicina. Passei a gostar dessa profissão pois fui uma criança muito doente, na verdade não era nem para eu estar aqui hoje; Desde quando minha mãe descobriu que estava grávida, os médicos falaram que seu sangue não era compatível com o do meu pai, e que eu poderia vir ao mundo com varias anomalias e outros problemas. No início da gravidez, minha mãe quase teve começo de toxoplasmose, que veio agravar seu caso, comprometendo minha saúde. A medicina acreditava que além de nascer com imperfeições, eu também poderia ser cega, devido a toxoplasmose. Ao sexto mês de gestação, minha mãe veio a desenvolver uma infecção uterina, onde quase me abortou. Nasci de oito meses, e para a surpresa dos médicos, perfeita. Porém, muito magra e com icterícia, mas com alguns dias de internação eu melhorei e fui para casa.
Desde pequena, meu contato com os médicos foi constante. Aos quatro anos, passei a sofrer de alergia a corante, não podia comer nada que continha essa substância, mas aos sete anos isso desapareceu. No início, eu tinha muita dificuldade no aprendizado escolar, mas com o passar do tempo melhorou, porém, vim perder meu Pai aos 7 anos de idade, onde me trouxe vários problemas psicológicos, atrapalhando muito meu convívio com as pessoas, me tornando uma criança um pouco depressiva. Amadureci antes do tempo, pois minha mãe trabalhava e eu tinha uma babá, a Dona Maria, uma senhora que cuidou de mim desde criança, que veio a falecer depois do pai. Precisei aprender a cuidar de mim mesma, sem depender dos cuidados de um adulto. O tempo se passou e eu superei as dificuldades, me tornando uma pessoa muito realista. No Ano de 2008, com um acompanhamento de um ortopedista, descobri que tenho uma doença genética nos punhos, onde desde criança sentia muita dor. E no ano de 2009, precisei operar, onde, pela primeira vez, entre em uma sala de cirurgia. Lá dentro é lindo, enlouqueci ao ver todos aqueles médicos com aquelas roupas verdes. Foi aí que o meu desejo de fazer medicina surgiu. Hoje quase não sinto nada. A cirurgia foi eficaz para mim. Para quem já tenha quase perdido o movimento das mãos, tive uma grande evolução. Aprendi a conviver com a dor. Neste ano de 2010, apareceu outro cisto, agora na mão direita. Até que estou ansiosa para visitar o centro cirúrgico!
Eu já havia ido a laboratórios de anatomia da UNIFESP, foi muito especial para mim, e vi, que realmente, Medicina era Tudo. Esse ano, eu tive uma grande surpresa, pois a minha escola nos levou para a USP (Cidade Universitária) no dia 09 de abril de 2010. Foi demais quando eu soube da excursão, fui uma das primeiras a pagar. Chegando lá, fiquei encantada com o Museu de Anatomia Humana (MAH). Eles contem diversos, cérebros, fetos com anomalias, cordão, etc. (Nota do Editor: O Museu conta com um acervo de mais de mil peças, em exposição). Foi muito interessante também, pois tivemos uma palestra, onde foi explicado os tipos de conservação dos órgãos contidos no museu. Podemos observar o pulmão de uma pessoa que fuma narguille e cigarro, nos tornando pessoas mais conscientes dos nossos atos e suas conseqüências. A parte que mais gostei foi a do Cérebro e as do Fetos. – Até me emocionei! – Esse passeio foi muito importante para mim, me ajudando a escolher definitivamente fazer Medicina. Sou agradecida a escola e aos professores que organizaram e nos acompanharam no passeio. Agradeço de coração pela paciência e o carinho dos professores de todos os dias em estar conosco em sala de aula, nos passando um pouco do que já sabemos. Tenho a certeza que vou conseguir realizar o meu sonho e quando alcançar esse prodígio, pode ter a certeza que irei visitar a minha escola e agradecer por tudo o que fizeram por mim , estou pronta para ajudar as pessoas, pois hoje, se eu não tivesse recebido ajuda médica, não seria ninguém. Espero que eu possa retribuir tudo o que já fizeram por mim. “Quem acredita, sempre alcança”